sexta-feira, outubro 16, 2009

Dando valor ao nome do blog...

SÁBADO
Início de fim de semana prolongado, sonho de consumo de qualquer baiano que tem a pretensão de se jogar pelo mundo e ir a uma praia um pouco mais longe... Foi aí que começou o meu suplício... Na verdade não foi um suplício, mas aturar loja de departamentos em uma data minimamente próxima ao dia das crianças é escrever com tinta permanente no meio da testa SOU IDIOTA.

Até hoje tenho essa marca.

Inventei de, esse ano, ser uma prima super legal.

Ano passado, nesse mesmo período, eu ainda não tinha recebido o meu primeiro salário, o que não me permitiu comprar presente para o que seria o único "pitinininhu" da família (palavras de minha vó). Porém, esse ano, com o acréscimo de mais um ser no meu âmbito familiar (atuais sete meses de pura sem vergonhísse e dengo) mais o que já tinha (seis anos e uma língua afiada), me senti na responsabilidade de comprar algo legal para ambos.

Em princípio pensei em algo simples, um boneco e um mordedor, só que aí entraram minhas tias e mãe que também queriam comprar algo e, aproveitando o meu ensejo, dividir o presente. Sendo assim, o boneco se transformou em um laptop infantil da Ferrari com 24 atividades e o mordedor em um kit praia, com baldezinho, pázinha e trilhões de "inhos" e "inhas" dentro. Encontrar o presente foi fácil, difícil foi pagar.

Eu até ia proteger a integridade da loja, mais...

"what the hell..."

A Americanas estava insanamente insana. LOTADO seria um estado anterior ao que eu encontrei. Todas as leis da física já haviam caído por terra no momento que eu adentrei na loja do Iguatemi, às 11h30min da manhã (estou dando o endereço para que não caiam na mesma pegadinha que eu). Acredito até que vi alguém flutuando dentro da loja e a história de que dois corpos não ocupam o mesmo lugar no espaço foi derrubada em questões de segundos. Acho que já provei meu ponto.

Só de olhar para a fila, eu desanimei, mas como eu estava convicta de que tinha de ser uma boa prima, me joguei... Com manobras dignas de um piloto de qualquer esporte radical, me enfiei entre mães histéricas e filhos estressados (ou seria o contrário?) e consegui capturar os dois exemplares que fui comprar. Cheguei à fila às 12h10min.

As 12h50min ainda estava lá (sim, é verdade), a fome já tomava conta do meu ser, o bom humor e o pensamento de ser uma prima legal já estavam dizendo adeus e então, em um último suspiro, minha boa vontade fugiu, e eu fui junto.

Larguei tudo por lá, dei uns xingamentos básicos (que não são do meu feitio) e fui almoçar. Me arrependi uns 5 segundos depois, mas já era tarde. Pensei melhor na situação: a praça de alimentação não estaria melhor.

Grana curta, vamos para onde? Habbib's, é óbvio!

Três bibsfirras de queijo, por favor? E uma Sprite? Obrigada!

Vamos comer em pé? Provavelmente... Opa! Alguém levantou ali!

Lá vou eu e minha bandeja correndo em direção daquele tão precioso lugar... E consegui! Almocei e levantei, pensando o que faria em seguida...

Meu plano era comprar os presentes e eu ainda ia fazer isso... Só não sabia onde...

Fui passear, comprei um vestido (lindo) e passei na ponto frio e...

LÁ ESTAVA

A coisa mais linda do mundo...

Um laptop vermelho da Dell, do jeitinho que eu queria, com a configuração que eu queria e com o preço que eu queria.

Não perdi a oportunidade e comprei.

Depois disso, me surgiu outro momento "what the hell..." e decidi me jogar nas lojas Americanas novamente (isso, sem falar que já eram 16h30min, aproximadamente). Mas, acompanhado desse momento, me surgiu uma idéia... Eu poderia passar tudo na parte de eletrodomésticos, bastaria comprar qualquer coisa e, como estava precisando de um secador (amigo de qualquer garota), poderia juntar o útil ao agradável e superfaturar os brinquedos.

Eu sou um gênio!

Fui lá e, depois do mesmo transtorno para alcançar as prateleiras sem esmagar nenhum pentelho no caminho, consegui entrar na fila munida de brinquedos e secador. A fila que duraria umas 3h, caiu para 30min e consegui sair com vida daquele "inferno na terra".

Cheguei em casa eram 20h (sempre podemos contar com um engarrafamento caloroso e silencioso - sarcasmo - na região), claro que atrasada para o aniversário da filhinha de uma amiga/colega de trabalho, fiquei super triste por não ir, mas estava super cansada e chegaria atrasada... Então fui testar o MEU laptop.

DOMINGO

Já dizia um pagode aqui de Salvador (não que eu escute isso, mas eu tenho vizinhos!): Domingo de manhã, o sol me chamou, para dar um “role” nas praias de Salvador...

Sinto informar, mais isso é LOROTA!

Domingo caiu foi um pé d’água retado (tradução: choveu muito). Meu plano de ir à praia e, em seguida, ir à reunião do clube do livro foi lavado por ela...

Para piorar: ataque surpresa da minha alergia! Não tão surpresa, pois ela entra em MODE ON com a mudança brusca do tempo e o sol de sábado com a chuva de domingo foi um belo botão de START. Sem ter o que fazer e com uma prova na terça, fiz o que tinha que fazer: fui assistir um filme (pensou que eu ia dizer estudar? Tá louco?). E assim foi meu domingo.

Já na...

SEGUNDA-FEIRA

Dia das Crianças! Y-U-P-I!

Dor de cabeça! Y-U-P-I [2]!

Prometi cinema para meu primo de seis anos! Y-U-P-I [3]!

Não poderia dizer que não ia. Ele nunca havia ido ao cinema, ele mora no interior e não seria eu a culpada por destruir o dia dele. Então me abalei para o Aeroclube, crente e abalando que estaria vazio e que chegaríamos, compraríamos os bilhetes, as pipocas e entraríamos na primeira sala exibindo filme infantil. Ledo engano: Fila no bilhete, fila na pipoca, fila para entrar e eu, uma jovem garota, sem namorado, sozinha no mundo, com o primo de seis anos (que graças a Deus é educado) e com um pacote de pipoca e dois refrigerantes, fiquei ali... Esperando.

Aposto que pensaram que era meu filho, um fato: não seria a primeira vez (quando ele tinha um ano, saí com ele e uma senhora virou para mim e perguntou se era meu... momentos hilários em minha vida).

O filme foi super e ver meu primo com os olhos brilhando, não teve preço. Caí no erro de prometer ir novamente mês que vêm (sou uma burra, nunca aprendo), da próxima, vou arrastar alguém para ir comigo.

O fato é que me senti na propaganda da Mastercard:

Cinema com o primo: 17 reais

Pipoca com refrigerante: 20,50 reais

Seu priminho ir ao cinema pela primeira vez e seus olhinhos brilharem: não tem preço


É, acho que sou meio besta mesmo... Mais uma besta feliz

PAZ

sexta-feira, outubro 09, 2009

Mais um post sem sentido parte 100000

Bem, minha vida tem caminhado...

A passo de tartaruga!
Mas tudo bem, nada que o dia de amanhã não resolva (ou meu novo vício não iluda).
A verdade é que mal posso esperar para chegar em casa. Estou cansada (de não fazer nada) e estressada... E o pior que eu SEI qual é a solução para o meu stress, mas não vale a pena comentar aqui no blog, pois é um tanto quanto ridículo.
Quero chegar em casa, ligar o computador e virar a noite assistindo The big Bang Theory e os capítulos mais recentes de House, Grey's Anatomy e Glee...

Mas continuando a minha trágica história (teoricamente baseada em uma novela mexicana, pelo menos é o que me parece)...

Bem, novamente percebi a minha tendência a inveja. Odeio ser mesquinha e egoísta, mas eu também tenho certos desejos!
A história é a seguinte: Todas as minhas amigas estão enroladas com alguém. FATO.
E eu, na condição de amiga, estou super-ultra-mega-hiper-feliz por elas. Mas, mesmo assim, torno a me perguntar: Por que eu também não consigo isso?
É por que saio pouco? Pode ser.
É por que tenho baixa auto-estima? Provavelmente.
É por que me obrigo a ficar pensando nisso? Definitivamente!

Eu tenho tantas coisas boas em minha vida e sou grata a todas elas, mas aí surge essa necessidade (ridícula de minha parte, diga-se de passagem) de ser notada por outra pessoa.
A partir daí minha cabeça não para mais: começo a me achar feia, a me achar burra, a me achar a pior pessoa do mundo.
Depois de um tempo decido que não quero mais ficar assim e me desligo do assunto por um tempo (tempo esse que eu costumo ficar reclusa da sociedade, mas que ninguém percebe - normal).
Uma pessoa que lê isso deve pensar que nesses momentos em que me desligo dessas coisas banais eu devo encontrar muitas coisas interessantes para fazer e pessoa legais. Ledo engano.

Minha vida está a passo de tartaruga...
Mas queixo para cima, certo?
Vamos ver no que dá...
À noite eu posto outro texto menos depressivo ou depreciativo.
Mas tente escrever algo que não seja uma analise da própria vida quando você está no trabalho e o setor está vazio e o computador não entra no MSN?
Mente vazia, moradia do diabo (ou qualquer outro ditado que minha usualmente repete para mim)

Peace

quinta-feira, outubro 01, 2009

Sob Medida

Bem, decidi postar um diário fictício criado por mim. É o diário de uma garota de 25 anos chamada Eliza, mas conhecida por Liz. Na estória tem partes reais e outras imaginárias (a maior parte), vou colocar o primeiro post agora, espero que gostem.

Liu Teixeira
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Quando se é criança, isso é, antes de entrar na puberdade, aquela fase onde nada é legal, tudo parece ser simples. O fato de você ser o maior da sala, ou o mais redondinho não faz a menor diferença.

Pois é, eu era feliz e não sabia.

O fato é que essas crianças crescem e, por você ser diferente, acaba sendo taxado como “estranho”, assumindo assim milhões de apelidos totalmente perjorativos ou, como no meu caso, ter que ouvir no meio da rua, pelo irmão mais velho de sua amiga, aquela frase cruel: “Menina, você é feia!”. Sim, isso aconteceu.

E assim cresci. Dos 13 aos 25 anos como uma garota “estranha” assumida (bem, não tão assumida, nunca faria isso em público, mas basta olhar para perceber), mas enfim...
GENTE! Como sou mal educada! Nem se quer me dei o trabalho de me apresentar...
Bem, meu nome é Eliza Alves, herdei o nome de minha bisavó que eu nunca conheci e que minha mãe não gostava, mas que minha falecida avó era fã. Vencida a batalha, ganhei o nome. Como já informei, tenho 25 anos, aquariana (viva!), 1,75 m de altura e, bem, 90kg. Sim, sou alta, peso pesado e, para completar o jogo, completamente desengonçada. Mas nem se preocupe, não estou aqui para chorar minhas mágoas...

MENTIRA!

Claro que estou aqui para chorar minhas mágoas! Se não, isso não seria o meu blog!

Além do mais, onde eu o faria?

Tá, continuando minha apresentação. Sou filha única de pais separados. Atualmente minha mãe está em Minas Gerais com o novo marido dela (o qual eu sou super fã, ele é extremamente simpático, mamys deu sorte), já meu pai está envolvido em campanhas humanitárias na África, que eu acho o máximo (e é ótimo para se comentar em uma conversa). Sou formada em letras, mas trabalho, quer dizer, faço “bicos” escrevendo pequenas matérias para sites de vários lugares do Brasil, apesar de morar em Salvador, uma terra onde (quase) nada acontece. Não é um grande trabalho nem nada, mas paga as contas e serve para juntar um pouco para eu realizar meu grande sonho de ir morar na Europa, mais especificamente, em Londres.

Eu moro sozinha em apartamento que meu pai me deu de presente, ele é super pequeno, mas dá pra viver bem, afinal, ninguém nunca vem aqui (a não ser umas amigas minhas, para assistirmos filmes e comermos pipoca). Fora que fica bem localizado, próximo a praia, em um condomínio de apartamentos onde todos me conhecem de pequena.

Já descrevi um aspecto da minha vida, agora o outro... Se minha vida amorosa fosse um filme, ele não passaria dos créditos iniciais. Sei que parece exagero, mas juro que não é. Realmente não tenho sorte com o sexo oposto.

Estou, literalmente, encalhada.

Condição atual: zero namorados

Bem... Sei que a forma como iniciei esse texto foi um tanto quanto estranha (pra não dizer incomum ou aloprada), mas é que eu tenho essa tendência de dramatizar as coisas. Quando pequena, minha mãe sempre me chamava de rainha do drama e que a televisão estava perdendo uma grande atriz. A questão é que comecei falando de pessoas que são excluídas e tal, e eu não era uma “excluída” (apesar do incidente com o irmão de minha amiga, eu até que tinha uma quantidade significativa de amigos), acho que é o meu humor, não sou do tipo que deixo que me vejam triste, normalmente sou aquela que dá conselhos (apesar de não seguir muitos dos que eu digo). Nunca fui a mais bonita, a mais legal ou a mais inteligente, esses postos eram ocupados (acreditem) por minhas melhores amigas, não era de me importar muito, mas essa condição de coadjuvante continua a me seguir.

A questão é que devo ser traumatizada por:

• Nunca ter recebido uma cartinha se quer de um garoto se declarando;
• Ter medo do Correio elegante (algo que eu passei a abominar) e;
• Aos 14 anos eu já odiar o dia dos namorados.

Quando terminei o colégio, logo pensei “é agora que o jogo vai mudar” e, bem, realmente mudou. Foi nesse tempo que minha mãe se casou e se mudou e, por minha família ser bem reduzida (sem primos, primas tios, avós... nada), fiquei sozinha aqui em Salvador, para terminar a minha faculdade. Fora essa mudança, continuei sendo a gordinha-engraçada-amiga-de-todos.

Mas olha eu dramatizando novamente! Minha vida não ficou completamente estagnada. No meu 3º semestre da faculdade eu, uma jovem de 18 anos, conheci o Pablo, um belo chileno de 1.80m, aluno do intercâmbio. Aparentemente, ele gostou de mim pois, desde que nos conhecemos, começamos a nos... hum... relacionarmos. Pena que o intercâmbio dele apenas durou mais 3 meses. O que vale é o que Vinícius de Moraes uma vez escreveu “Mas que seja infinito enquanto dure” e garanto: foi. Digamos que eu quase repeti o semestre (que eu iria refazer comum sorriso estampado no rosto). Mas ele foi embora e eu passei nas matérias. Atualmente somos bons amigos e nos enviamos cartões em datas especiais. Ele amadureceu por lá, casou e tem uma filha linda de 5 anos que me chama de tia quando nos falamos pela webcam.

E assim acaba a minha história de amor. Eu fico imaginando que, por causa disso, eu deveria ser uma pessoa amargurada e rabugenta, criando 14 zilhões de gatos e
espantando criancinhas com uma vassoura.

- saiam seus moleques emprestáveis!

Era isso que eu deveria estar dizendo, e não distribuindo doces ou dando livros de presente (pois é exatamente isso que eu faço, acabei criando um dia especial da semana onde leio para os menores, sou super popular com eles aqui no condomínio).
Bem, acho que para uma apresentação basta, não é?

Espero poder escrever logo por aqui.

Beijos
Eliza Alves
Jornalista Freelancer