sexta-feira, fevereiro 19, 2010

Verdades da vida

Todo mundo tem uma história pra contar sobre coincidências da vida, sobre como algumas coisas acontecem com pessoas diferentes... enfim, várias coisas.

Mas as pessoas tendem também a formular teorias e, sinto informar, sou uma delas. Tenho uma teoria para quase tudo, uma delas é sobre quando estou doente.

Bem, a teoria se resume ao fato de que, quando estamos quase morrendo, descabeladas, com a maquiagem borrada (ou sem ela e a cara lavada e desconfigurada), o médico que vai nos atender VAI ser lindo.

A comprovação aconteceu comigo no domingo de carnaval. Enquanto estavam todos na avenida, eu estava tendo uma crise alérgica que fez meu rosto inchar de uma forma que fiquei parecida com o Majin Boo (a namorada do meu primo me comparou com o Buda, com direito a Namastê antes de dormir, escolha a sua versão). De qualquer forma, estava inchada, dolorida, descabelada, com uma roupa amassada... enfim, a visão do inferno. Cheguei no pronto socorro acompanhada de minha mãe, irmão e tios e ficamos na fila. O local estava vazio, pois estavamos em uma cidade praiera aqui da Bahia, um pouco longe da capital (o Carnaval na tv estava "bombando", diga-se de passagem). Não demorou 15 minutos e uma voz feminina me chamou na sala.
Eu não estava preocupada nem com a possibilidade de ser um médico bonito, tente pensar em uma crise alérgica e vai entender o que eu estou falando. Quando entrei na sala, me deparei com aquela figura alta, cabelos quase no ombro, castanho, alguns fios prata soltos. Era esbelto, olhos grandes, barba por fazer e um sorriso ENORME.
A primeira coisa que eu fiz foi passar a mão no cabelo, quase como um instinto de sobrevivência. Eu parecia uma louca e ele um Deus. Sentei na cadeira que ele me apontou e ele me perguntou o que tinha acontecido. Eu contei a história toda, e ele deu uma risada linda quando eu falei que tinha programado pular carnaval naquele dia. Aí me perguntou se eu tinha comprado o abadá. Eu já estava na merda mesmo, resolvi me sair um pouco melhor. Falei que meu irmão tocava na Vixe Mainha e que eu tinha um abadá lacrado em casa.
Foi quando ele disse que um amigo era fã da Gil (cantora da Vixe Mainha) e que o havia chamado pra sair nesse mesmo bloco, mas que como ele estava de plantão, não poderia ir.

Não sei se ele disse para me agradar, ou se era verdade, mas me permiti flertar um pouco. Disse logo que se eu soubesse, tinha dado o meu de presente para ele curtir... Ele sorriu e voltou a me examinar.

Diagnóstico pronto, ele me deu uma injeção de antialérgico (para completar o meu sofrimento) e me liberou.

No dia seguinte, quando eu já esstava ULTRA melhor, tive que ir novamente no ps. Nessa hora arrumei o cabelo, fiz uma maquiagem leve, vesti uma roupa bonitinha e fui. MAS ADVINHA SÓ? Era uma mulher grossa no lugar.

Sentiu a frustração?!

Enfim, vou começar a investir nas minhas teorias, cada vez mais percebo que todas possuem uma lógica.

Paz
=]