segunda-feira, julho 08, 2013

Um dia qualquer... Todos os dias.

Abro o olho. 
Focalizar. 
Exercício mental diário: tentar imaginar que horas são... e sempre errar. 
Tatear o quarto em busca do óculos e do celular (para conferir o erro). 
Apurar a audição. 
Barulho na cozinha. 
Irmãos falando alto, mas não presto atenção. 
Mãe começa a reclamar de algo, também não presto atenção. 
Alguém diz meu nome, percebo que devo levantar. 
Procuro a toalha, sabonete e escova de dente. 
Me tranco no banheiro. 
Me olho no espelho.
Encaro o reflexo: imagino o que ela está pensando.
Julgo minha aparência.
Tiro a roupa.
Ligo o chuveiro.
Molho a cabeça para acordar e talvez me sentir melhor comigo mesma... não funciona.
Volto para o quarto.
Encontro uma xícara de café ainda fumegando na escrivaninha.
Agradeço por ter minha mãe em minha vida.
Fico triste pois não sei mais o que fazer pela sua saúde. 
Coloco um sorriso no rosto: "Mãe, está pronta para irmos ao seu médico?".