domingo, março 24, 2013

Mãe.

Como as coisas podem ser complicadas.
Certas coisas em nossas vidas são possíveis de serem calculadas, mensuradas, planejadas, organizadas. Mas a grande maioria possui tantas variáveis impossíveis de serem controladas que tudo o que podemos fazer é tentar deixar tudo próximo da perfeição, para que quando algo acontecer, possamos minimizar os impactos.
E quando a própria situação está tão fora de controle que quando algo acontece você não sabe de onde foi atingido?

Tudo o que posso escrever é sobre a minha experiência. Meu caso é o último. Você não pode controlar o que se passa com as outras pessoas, seus hábitos e, muito menos, sua saúde (muitas vezes, nem nos mesmos conseguimos controlar nossas funções biológicas). De uma forma geral, minha vida está desandando desde dezembro. Segundo minha mãe, estamos passando por "uma crise de mal olhado". Os problemas são os mais variados, desde meu irmão caçula e suas escolhas de vida (coisas para outro post) até aquilo que está tirando o meu sono: a saúde de minha mãe.

Sou filha de mãe solteira, mas isso nunca foi nenhum trauma para mim, pois ela sempre conseguiu suprir todas as necessidades de carinho e atenção que eu e meus irmãos necessitávamos. Porém, só percebemos essas coisas quando estamos mais velhos. Quando era mais nova, nunca dei muito valor aos sacrifícios que ela estava fazendo por todos nós. Hoje percebo o quanto ela deveria ter sido egoísta. Ela abandonou tudo por nós, seus sonhos e até cuidados pessoais.
E, por isso, hoje ela está doente.

Na verdade, não sabemos o que ela tem, estamos correndo atrás de exames e tal, mas é difícil não perceber as mudanças que estão ocorrendo. Dói demais não poder fazer o mesmo por ela, de abrir mão de tudo para pagar seus cuidados médicos.

Espero conseguir resolver tudo...

domingo, março 17, 2013

Quando o presente se torna o passado

O quanto mudamos com o tempo?
Comecei esse blog em 2008, com apenas 19 anos e cheia de dúvidas sobre quem eu era e sobre quem eu gostaria de ser. Essa semana resolvi ler algumas postagens mais antigas, apenas para saber o quanto eu tinha crescido e todas essas baboseiras normais de quando você atinge uma certa idade. Aparentemente uma empreitada que tinha tudo para dar certo, só que não foi isso que aconteceu.

A maioria das dúvidas ainda estão aqui. Quem eu quero ser quando crescer? Alias, quando eu vou saber que eu cresci?

Acho que não mudamos tanto, apenas ficamos especializados em nos enganar e fingir muito bem.

quarta-feira, março 13, 2013

Novos começos e uma difícil realidade

E mais uma vez estou aqui, com a intenção de voltar a escrever regularmente, mas sem saber por quanto tempo essa motivação vai, realmente, fazer efeito.
Na condição de diário aberto, fiquei pensando em como eu deveria estar bem mais engajada nesse blog do que estava sendo (ou não sendo), o que me fez refletir o porquê de eu ter parado de escrever, algo que sempre amei, mesmo sem ter nenhum tipo de vocação para o mesmo. A palavra refletir não consegue abranger totalmente o que realmente aconteceu. A palavra correta é confronto. Eu ME confrontei, tive um belo bate-papo com minha alma, minha razão, minha emoção. Porém, o interessante quando fazemos isso, é que já sabemos a resposta, mesmo não gostando nem um pouco da mesma. Eu sempre soube qual era o meu problema, mas tinha medo de adimitir.

Porém, se não consigo ser sincera comigo, do que adianta fazer qualquer coisa?

Meu grande problema é: odeio a perfeição e odeio quem tenta ser perfeito. Não quero ser colocada em um pedestal, intocável, como se o mundo fosse muito para mim. Eu sei até onde posso ir, mas não suporto quem fica a todo tempo com frases como "eu confio em você" ou "eu sei que você consegue". Não quero pena, quero igualdade.

Mas o que isso está relacionado com o parar de escrever? É difícil adimitir para mim mesma, mas ao escrever, sabia que era exatamente isso que iria acontecer. Não sou uma louca que não gosta de elogios, mas acredito que até eles devem surgir na hora certa, e não a todo instante, o que acaba soando falso. Quero escrever e ficar na expectativa de que talvez um desavisado abra o meu blog e se identifique, que um amigo de muito tempo leia e depois comente pessoalmente comigo. Não quero textos tipo "poxa, adorei o seu texto" de pessoas conhecidas. Se sabe quem eu sou, pode falar pessoalmente, não preciso de marcas constantes para me lembrar.

De uma forma geral, meu problema está aí, escancarado para o mundo. Não quero bilhetinhos me lembrando do que já fiz, nem cobranças sobre o que faço ou não. Quero meu espaço aberto para reflexão, meu momento de libertação.

E com isso, encerro meu primeiro post de 2013 que, prometo (para mim), será o primeiro de muitos.

C - ya