terça-feira, janeiro 14, 2014

Nem tão do nada.

E aí, do nada, você se dá conta de que está tudo errado.

Utilizar essa expressão (do nada) é apenas uma maneira de se enganar. Nunca é do nada. Sempre tem um histórico ao qual escolhemos fechar os olhos para que só precisemos lidar com o baque final, e ainda assim com ar de vítima. Nem vou jogar o discurso de que devemos assumir o nosso destino, que devemos abrir os olhos e, assim, evitar de nos magoarmos no final.

Tudo isso é blá blá blá pra mim, pois sou a rainha da ilusão.

Eu vivo num mundo único de fantasia. Realmente acredito no melhor das pessoas, que ninguém é falso comigo, que todos são verdadeiros em suas declarações... Mas agora vem o pior: eu acredito que ainda vou encontrar meu príncipe encantado e finalmente aprenderei o que é o amor. Piegas? Imagine!

Mas para a sociedade, sou uma pessoa cética e tudo isso é a maior babaquice.

O ruim disso tudo é que, todas as vezes em que quebro a cara, não tenho com quem reclamar sem ser chamada de "mulherzinha", "fresca", "dramática" (por mais que desenvolvamos essa ideia de sociedade igualitária, sem isso de machismo ou feminismo, ainda recebo esses adjetivos. Porque, aparentemente, não posso demonstrar esse tipo de reação sem ser uma pessoa fraca).

Então, quando acontece de eu me quebrar feio, me resta chorar sozinha ou ser hipócrita (o que, convenhamos, eu sou. Já que acredito em algo que eu mesma julgo!)

Bem, a verdade é que, do nada, percebi que fiz péssimas escolhas e que agora a tendência é que eu me fod*. Só que esse do nada, não é do nada, pois eu já sabia e nada fiz para controlar. Apenas sei que quando eu me fud*r, vou precisar de uma sociedade mais acolhedora.

É. Fud*u.

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